Cronica de um Noroestino

[irretocável e brilhante colaboração de um grande amigo, companheiro de Alfredão, que prefere ser apenas um Ghost Writer aqui no Blog]

A CULPA É DO MEU PAI!

Que fria!Literalmente!
Porque é que eu não nasci sãopaulino e fiquei em casa, no meu sofá quente, assistindo a mais um jogo na tv?

Fui pego de surpresa pela queda da temperatura, que também teimava em esfriar o jogo. Mania estranha essa minha de achar que no próximo minuto tudo vai dar certo.

E lá se foram 93 deles, com tentativas frustadas.

Sim! Noventa e três minutos com o “agora vai” na garganta. Vale qualquer simpatia.Só não vale desistir.

“Sou Noroestino e não desisto nunca”: qual de nós que estávamos lá hoje (ontem) não lemos e dissemos isso por várias vezes. Parece uma seita. Não somos tantos quantos gostaríamos, mas todos levamos essa “quase lei” a sério.

Mas voltando ao assunto, porque é que meu pai não me levou apenas ao Parque Antártica se queria me apresentar ao futebol?
Tinha que ser no Alfredo de Castilho? Pra que me levar tão pequeno para assistir a um jogo do Noroeste em Jaú com chuva? Porque não me dava um uniforme amarelo e azul da seleção “tri” campeã mundial?
Não! Era tudo vermelho e branco. Deu no que deu!

E eu o agradeço MUITO por isso!

Não tem mais volta. Ou melhor: hoje (ontem) teve!
Pude reviver a melhor definição de ser NOROESTINO!
Foi como nos velhos tempos, com sofrimento, marca indelével da história centenária do nosso time.

Goleada de 1 a zero! Não fui campeão de nada, mas me senti muito mais do que isso.

Daqui pra frente, se vamos continuar vencendo, Deus é quem sabe, mas eu tenho uma leve desconfiança que ELE também já comeu amendoim na encantada Vila Pacífico.

Se houve perdedores hoje (ontem), não os vi, pois estavam trancados em suas casas, aquecidos pelos seus cobertores diante da frieza da televisão.

Eu só sei que pela teimosia de meu pai, sou noroestino saudável, da melhor qualidade, e tenho muito orgulho disso!